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NÃO VÁ À IGREJA

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  A gente aprende no catecismo que a igreja é a casa de Deus. É um pensamento forte que perdura há anos e anos. Agora, em razão da pandemia da covid-19, virou polêmica. Ir à igreja   pode significar correr risco de contaminação. E de morte.   O alerta das autoridades sanitárias é pertinente. Ficar em local onde há muita gente vai facilitar a disseminação da variante do coronavírus, que ainda tem feito milhares de vítimas no país a fora. Por isso, a prudência deve prevalecer. Não se trata de ter ou não fé, de garantir o direito à pratica religiosa, de crer ou não em Deus. Trata-se de uma questão de saúde pública. Autoridades católicas compreenderam isso e seguiram os protocolos sanitários. Melhor rezar em casa. A recomendação é plausível. Fazer de casa um santuário nesse momento é uma questão de fé e de vida. Não nos afastaremos de Deus porque a igreja ficou fechada. O local privilegiado do Senhor agora, nessa crise, será o coração de casa fiel. Se a gente deixar de ir à igreja

COMO UMA ONDA NO RIO

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Espera-se que 2021 seja melhor do que 2020. O “ano da pandemia” nos roubou os abraços, nos fez chorar e tirou tantos queridos do nosso convívio. Foram meses e meses de dor e sofrimento. Perdemos pais, mães, parentes, amigos, ídolos... fomos impotentes diante de um vírus maligno. A pandemia só não foi pior porque existe, sim, solidariedade entre as pessoas. Na hora da aflição ou da angustia, uma palavra de conforto serviu de alívio. Triste foi ver a omissão de quem poderia fazer muito e não fez, preferiu dizer “é daí?”, “não sou coveiro”.   Uma brincadeira sem graça. Atravessamos 2020 sobressaltados com a contaminação do coronavírus e com o medo de perder a vida para a covid-19. Mas, e agora, a vida será diferente? As pessoas ficaram melhores? Mudaram seus hábitos? Todos estão mais solidários e sensibilizados com o padecer alheio? Há de se duvidar de que seremos outros depois da pandemia. O “novo normal” não emplacou. O negacionismo de alguns tem sido alimentado nas redes sociais,

VIDA RIBEIRINHA

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Um dia quero ter uma casa na beira de rio, num lugar onde o sinal de celular seja escasso e não tenha que ouvir músicas barulhentas. Uma moradia em que meus vizinhos sejam tímidos, solidários e amigáveis. Parece coisa impossível, mas não é. A 7 km de Barcarena, na região conhecida como Aicaraú, moram dezenas de famílias que se interligam pelos rios e por trilhas no meio da mata. Na comunidade São Gregório, a vida segue o ritmo dos barquinhos. Tudo é muito calmo e bucólico.  A natureza segue preservada e abundante em açaí. A pescaria ainda existe na área, resistindo à poluição. A simplicidade é a marca dos lugares ribeirinhos, longe de caos urbanos e das competitividades do dia a dia. Distantes das relações de ganância e poder, fora da lógica comercial em que as pessoas valem o que têm. Vida simples, com harmonia, respeito ao meio ambiente e convivências pacíficas. Vida sem mordomias, com apenas o necessário para hoje, com a tranquilidade da alma, com o básico para ser feli

PROJETO KARATÊ

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É no barracão do centro comunitário do Pioneiro que uma turma de 30 crianças e adolescentes se reúne para os treinos de karatê. Meninos e meninas estão lá, de segunda a sexta, das 16h às 18h, recebendo instruções do professor Rodrigo Monteiro, fundador do projeto social Arte Marcial para Todos. O faixa preta responsável pela garotada conta que a iniciativa já enfrentou muitas lutas para sobreviver sem patrocínio fixo. “O projeto é gratuito”, diz Rodrigo, que vive em busca de parcerias. Recentemente, a prefeitura garantiu um ônibus para levar os atletas a um campeonato de karatê em São Luís (MA). A viagem foi uma batalha, já que, além do transporte, era necessário providenciar hospedagem e alimentação para o grupo, mas, ainda bem que tudo terminou em vitórias. Os atletas de Barcarena voltaram da 4ª Copa Norte e Nordeste de Karatê com 27 medalhas (9 ouros, 13 pratas e 5 bronzes). A competição no Maranhão foi no mês passado. Agora os nossos caratecas já se preparam para os próximos

MENINO DE OURO

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Foi emocionante acompanhar a apresentação de Adonis Tavares no The Voice Kids. Filho de Barcarena, o adolescente de 12 anos entrou em cena para interpretar a música “How Can I Go On”, de Freddie Mercury, lançada em 1988 e consagrada quatro anos depois nas Olimpíadas de Barcelona, quando o artista dividiu o palco com cantora lírica Montserrat Caballe. Show inesquecível aquele de 1992. Pois bem, com essa difícil música, Adonis causou arrepios, arrancou lágrimas e aplausos e, o melhor, fez Carlinhos Brown, no finalzinho da apresentação, virar a cadeira para ele. Nos bastidores do programa, a mãe só não estava mais nervosa que filho, que chorou muito ao conversar com os artistas. “Eu vim de Barcarena, no interior do Pará”, respondeu Adonis à Claudia Leite. A cantora quis saber por que ele tinha escolhido aquela música. “Porque é uma poesia muito bonita”, disse ele, que revelou muito nervosismo. “A gente sempre fica nervoso”, tranquilizou Brown. “Você tem material vocal, você enc

HORA DE RECOMEÇAR

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Tudo foi muito espontâneo naquele encontro de final de ano. 2018 com as horas contadas e o grupo do trabalho alegre para a confraternização. Local escolhido, praia do Guajarino, na Ilha Trambioca, em Barcarena. Nove adultos e quatro crianças atravessaram o rio, pegaram a estrada e chegaram ao sossego. Barulho? Só de um caixinha de som que tocou o dia inteiro. Na reunião, papo leve, churrasco e cerveja. Embora tenha sido cogitada, na ‘confra da firma’ não teve troca de presentes ou brincadeiras para distração. “Não suporto isso”, disse o anfitrião, que pensou apenas na comida e na bebida. O cardápio incluiu Filhote frito, elogiado por quem provou, e no feijão tinha até mocotó e bucho. Todos gostaram. Até que o anfitrião teve uma ideia: produzir uma imagem fotográfica marcante, que expressasse da melhor forma o momento vivido. Então, na areia da praia, o grupo sentado ergueu os braços para cima em sinal de descontração e ânimo. O gesto transmitiu alegria pelo encontro, gratidão pelo

ACROBATAS DO CARIPI

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Salto mortal não é para todos. É preciso ter habilidade, preparo físico e, às vezes, uma dose de coragem para superar os medos. No trapiche da praia do Caripi, em Barcarena, adolescentes se divertem, fazendo cambalhotas radicais como se fosse uma simples brincadeira. Dá medo só de olhar. Mas o que para alguns representa riscos, para os ‘acrobatas do Caripi’ é adrenalina pura.  Thiago, de apenas 15 anos, em poucos minutos escalou a estrutura metálica do píer, que tem mais de 15 metros de altura, e lançou o corpo em direção ao rio. Foi um salto de costas perfeito. Regularmente, Thiago e seu grupo de amigos da mesma faixa etária se deslocam de Vila dos Cabanos e arredores para usar o trapiche do Caripi como trampolim. Os saltos são encarados pela garotada como lazer e diversão. Os adolescentes passam horas no local livremente. A prefeitura colocou avisos na área para alertar sobre o perigo dos saltos e proibiu a prática. Mesmo assim, os ‘mortais’ continuam sendo exibidos. “Já