PROJETO KARATÊ

É no barracão do centro comunitário do Pioneiro que uma turma de 30 crianças e adolescentes se reúne para os treinos de karatê. Meninos e meninas estão lá, de segunda a sexta, das 16h às 18h, recebendo instruções do professor Rodrigo Monteiro, fundador do projeto social Arte Marcial para Todos.

O faixa preta responsável pela garotada conta que a iniciativa já enfrentou muitas lutas para sobreviver sem patrocínio fixo. “O projeto é gratuito”, diz Rodrigo, que vive em busca de parcerias. Recentemente, a prefeitura garantiu um ônibus para levar os atletas a um campeonato de karatê em São Luís (MA).

A viagem foi uma batalha, já que, além do transporte, era necessário providenciar hospedagem e alimentação para o grupo, mas, ainda bem que tudo terminou em vitórias. Os atletas de Barcarena voltaram da 4ª Copa Norte e Nordeste de Karatê com 27 medalhas (9 ouros, 13 pratas e 5 bronzes).

A competição no Maranhão foi no mês passado. Agora os nossos caratecas já se preparam para os próximos eventos: o Campeonato Intermunicipal de Barcarena, que será em agosto, e o Campeonato Nacional de Karatê, que será disputado em Irituia, em setembro. “Queremos levar 2 ônibus de Barcarena”, diz Rodrigo.

Mas para isso, falta patrocínio. Wiviane Andrade, voluntária do projeto social, diz que esse é um dos principais empecilhos. “É um projeto bonito que tira crianças das ruas”, conta ela, “a gente tira dinheiro do bolso para continuar”, comenta a voluntária, que sonha com uma sede própria para realizar as atividades do grupo.

SONHOS - Anthony Melo da Silva, de 13 anos, é um dos alunos do projeto de karatê. Ele estuda pela manhã na escola São Francisco Xavier, na Vila São Francisco, e todos os dias está firme e forte nas aulas do professor Rodrigo. “Meu sonho é ir para o Japão ou Coreia participar de um campeonato”, diz o menino.

Comunicativo, Anthony afirma que o esporte tem melhorado a vida dele. “Gosto muito daqui. A gente aprende a se defender e soltar a alegria”. O adolescente está determinado a continuar no projeto e não ver a hora de chegar à faixa preta. “Falta pouco”, afirma ele, que já chegou à sexta faixa. “Faltam só quatro”.

Outra feliz sonhadora é Suzane Moraes, de 15 anos. Ela chegou por indicação de amigos e diz estar bem praticando a arte marcial. “A gente aprende muito aqui, a ter caráter e a respeitar o próximo”, avalia a jovem. Suzane já é medalhista, quer continuar lutando por mais prêmios e revela um desejo: “dar aula é o que mais quero”.

O karatê tem transformado a vida dos adolescentes no bairro Pioneiro. Desde muito cedo está despertando bons sentimentos, como no pequeno Hugo, de 7 anos, o mais novo do projeto social. Acompanhado da mãe, ele diz sorridente que, com o esporte, “dá pra fazer um monte de coisa legal e divertida”. 




   

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