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Mostrando postagens de maio, 2018

IGREJA ABALADA

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No dia da festa de Corpus Christi, uma notícia triste para Barcarena. A histórica paróquia matriz, que já está fechada há mais de um mês, corre risco de desabamento. A informação foi confirmada durante uma entrevista coletiva promovida pela Pastoral da Comunicação. O motivo, segundo o engenheiro Fábio Oliveira que divulgou um laudo técnico, é que o edifício construído nos anos de 1960 foi feito todo de alvenaria, mas não possui concreto armado. O problema agora é visível do chão ao teto: desnivelamentos nos pisos, rachaduras e infiltrações. A igreja dedicada a Nossa Senhora de Nazaré foi obra dos padres Xaverianos, missionários que dirigiram a paróquia até os anos de 1990. Os religiosos tiveram boa vontade, mas não teriam se preocupado com a natureza da edificação, sem macroestrutura em concreto armado, aço ou madeira. Esses elementos suportariam pesos ou outros tipos de abalo. Hoje eles fazem falta. E para recuperar a obra, segundo o engenheiro, seria mais difícil, complicado e

LIVRES DO TRAMBOLHO

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Quem passa pela PA-151, quase na entrada de Barcarena, já percebe que a estrutura de alumínio erguida no passado para ser o portal da cidade foi retirada. Ainda bem. Além de ameaçar desabar, a obra inacabada era esquisita, tosca e deixava má impressão nos visitantes. No entanto, a base continua lá. O que seria a guarita, agora mais parece um local mal-assombrado ou esconderijo para gente suspeita. Olhar para as ruínas daquilo que nunca foi nada causa uma sensação de abandono de um bem público que ficou esquecido no tempo. O pior é que a obra do ‘portal’ teve custo. Um dinheiro público jogado fora ou algo mais escandaloso do que isso. Hoje quando se fala que a gestão pública tem de ser planejada para gastar, olhar o passado significa dizer que os responsáveis pelo trambolho da PA foram, no mínimo, irresponsáveis. Barcarena deve ficar livre de obras públicas inacabadas e usar as verbas com maior eficiência. Alguns passos já foram dados nesse sentindo e existe um propósito de seguir

O FURO DO NAZÁRIO

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Entre Barcarena e Belém existe um atalho muito conhecido na região, o furo do Nazário, na Ilha das Onças. Esse caminho das águas registra diariamente o vai e vem de pequenas embarcações, principalmente de canoas a remo ou motorizadas (rabetas), pertencentes aos moradores das comunidades que formam a ilha. Os ribeirinhos do Nazário são dóceis e sabem ser altivos também. Cinco anos atrás, quando o trânsito intenso de grandes embarcações começou a alterar as margens do rio, um grupo de moradores foi à Capitania dos Portos reclamar da situação e o furo foi fechado para barcos ou lanchas de grande porte. Hoje somente os barcos pequenos navegam pela área. Quando alguma embarcação maior tenta cruzar o caminho é criticada pelos moradores. O furo das Onças é povoado de ribeirinhos vivendo entre a grande metrópole e a pequena Barcarena, mas quem mora na boca do Nazário está mais perto da capital. Da boca do furo, avista-se Belém e seus arranha-céus. Um contraste entre o urbano e o ribeirin

EXIBIÇÃO ARRISCADA

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Toda vez que vejo a cena, dá um frio na espinha. O pior é que virou comum ver crianças sendo transportadas em motocicletas sem a menor segurança pelas ruas de cidades como Barcarena. Em geral, os pequenos são levados em cima do tanque, entre o guidom e o motociclista. Quando são duas crianças, uma delas fica no assento da garupa, atrás do condutor, enquanto a outra vai na frente. É raro ver o acessório de segurança nos ocupantes. Mas, às vezes, incrivelmente, vemos o motociclista com capacete e os demais passageiros sem. Salve-se quem puder! Esse é um tipo arriscado de condução porque o corpo sobre a moto está muito exposto, e qualquer vacilo pode resultar em queda ou coisa pior. A moto foi feita para levar uma ou, no máximo, duas pessoas. Estas deveriam seguir pelas ruas totalmente protegidas.    Mas, não. Dia após dia, as exibições arriscadas são cada vez mais frequentes. Ficou banalizado andar desprotegido. Fizeram vista grossa para um problema grave. Quem se importa com o bem