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Mostrando postagens de 2018

HORA DE RECOMEÇAR

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Tudo foi muito espontâneo naquele encontro de final de ano. 2018 com as horas contadas e o grupo do trabalho alegre para a confraternização. Local escolhido, praia do Guajarino, na Ilha Trambioca, em Barcarena. Nove adultos e quatro crianças atravessaram o rio, pegaram a estrada e chegaram ao sossego. Barulho? Só de um caixinha de som que tocou o dia inteiro. Na reunião, papo leve, churrasco e cerveja. Embora tenha sido cogitada, na ‘confra da firma’ não teve troca de presentes ou brincadeiras para distração. “Não suporto isso”, disse o anfitrião, que pensou apenas na comida e na bebida. O cardápio incluiu Filhote frito, elogiado por quem provou, e no feijão tinha até mocotó e bucho. Todos gostaram. Até que o anfitrião teve uma ideia: produzir uma imagem fotográfica marcante, que expressasse da melhor forma o momento vivido. Então, na areia da praia, o grupo sentado ergueu os braços para cima em sinal de descontração e ânimo. O gesto transmitiu alegria pelo encontro, gratidão pelo

ACROBATAS DO CARIPI

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Salto mortal não é para todos. É preciso ter habilidade, preparo físico e, às vezes, uma dose de coragem para superar os medos. No trapiche da praia do Caripi, em Barcarena, adolescentes se divertem, fazendo cambalhotas radicais como se fosse uma simples brincadeira. Dá medo só de olhar. Mas o que para alguns representa riscos, para os ‘acrobatas do Caripi’ é adrenalina pura.  Thiago, de apenas 15 anos, em poucos minutos escalou a estrutura metálica do píer, que tem mais de 15 metros de altura, e lançou o corpo em direção ao rio. Foi um salto de costas perfeito. Regularmente, Thiago e seu grupo de amigos da mesma faixa etária se deslocam de Vila dos Cabanos e arredores para usar o trapiche do Caripi como trampolim. Os saltos são encarados pela garotada como lazer e diversão. Os adolescentes passam horas no local livremente. A prefeitura colocou avisos na área para alertar sobre o perigo dos saltos e proibiu a prática. Mesmo assim, os ‘mortais’ continuam sendo exibidos. “Já

SAUDADES DO MESTRE

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Se estivesse entre nós, Mestre Vieira faria 84 anos nesta segunda-feira, 29 de outubro. O Rei da Guitarrada paraense se foi no dia 2 de fevereiro, antes da semana do Carnaval. Deixou saudades aquele homem simples, humilde e de bom humor. Seu talento inspirou gerações. Vieira exportou a guitarrada criada por ele e cativou uma legião de fãs e admiradores até fora do Brasil. Com seu estilo musical também divulgou o nome de Barcarena, a terra tão querida pelo artista. O homem das cordas também era um homem de papo agradável e de carisma; de sorriso espontâneo e de gestos gentis. Em tempos de Brasil violento, Vieira seria um digno embaixador da paz. Para homenagear a memória de nosso mestre, hoje tem sarau na frente da casa onde ele morou. Vai ter apresentação de vídeo, bate papo e, claro, muita música tocada pelos filhos e amigos do nosso eterno Rei da Guitarrada. Foto: divulgação 

DEMOLIÇÃO DA MATRIZ

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A antiga igreja de Barcarena já não tem mais teto, não tem mais o crucifixo que ficava no alto da fachada. Aos poucos, o templo vai desaparecendo. Logo, logo, não existirá mais. Um dos ícones do catolicismo do município ficará apenas na memória dos fiéis. Muitas histórias vão juntas com a demolição. Os batizados, primeiras comunhões, crismas e os casamentos foram incontáveis. Quantas alegrias foram vividas pela fé? Quantas tristezas foram consoladas? Quanto perdão foi dado? Quantos abraços de paz? A Casa de Deus de Barcarena celebrou a Eucaristia e a vida do povo. Foi o lugar de forte devoção mariana, com destaque para o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Foi a casa de São Francisco Xavier que despertou a vocação de vários jovens para a vida consagrada. Daqui a pouco a matriz estará sem as paredes, sem as portas e janelas, sem seus altares, no chão, destruída, acabada. No passado, o prédio foi erguido sem sustentação suficiente para resistir ao tempo. Por isso, é necessário demoli

HISTÓRIAS DA CDI

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Estou na reta final de uma pesquisa científica sobre a colônia agrícola do Bacuri, também conhecida como CDI, que fica a 7 km da sede de Barcarena. Não é novidade que os primeiros assentados na localidade foram famílias remanejadas da Vila do Conde, onde foi implantado o projeto Albras/Alunorte, nos anos 1980. A questão atual é: como o grupo está vivendo hoje, após quase 40 anos de mudança? Os pioneiros da CDI receberam propostas do projeto do governo federal para deixar seus terrenos e se deslocar para uma área rural onde teriam “vida nova”. Esse deslocamento, impositivo e obrigatório, trouxe várias consequências. Antes eles eram ribeirinhos; hoje, tentam sobreviver como agricultores. A comunidade possui poucos equipamentos públicos para garantir uma vida de bem-estar tranquila. Estão desprovidos do básico, como o direito à comunicação, já que os recursos tecnológicos existentes são insuficientes para dar visibilidade aos moradores. Nosso desafio é mobilizar os colonos da CDI, f

BARCARENA E AS CRIANÇAS

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Defensores dos direitos humanos de crianças e adolescentes do país se reuniram nesses dias em Barcarena para refletir, avaliar e traçar rumos de trabalho. Foi um encontro para trocar experiências, compartilhar ideias e projetos, debater questões importantes e confraternizar. O foco do simpósio nacional foi o fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos Humanos. Por se tratar de Amazônia, a reunião em Barcarena deu destaque à promoção de meninos e meninas que moram em terras indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhos. A diversidade de lugares e o ritmo de vida de seus habitantes mostram que criança não é tudo igual. Elas se diferenciam por suas culturas, costumes e modo de vida. Mas uma coisa há em comum: os direitos. Portanto, garantir escola, saúde, proteção e bem-estar aos pequenos é dever de governos e sociedade. Dentre os muitos desafios para garantir tais direitos, penso que o combate ao abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes é o maior deles.

DANÇA QUE LIBERTA

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O cantor baiano Léo Santana foi a principal atração do Circuito Verão de Barcarena, que promoveu shows na praia do Caripi. A estrela nacional atraiu fãs de outros municípios, inclusive de Belém. Falou-se em cerca de 20 mil pessoas no dia da apresentação do músico. Várias “novinhas” foram conferir de perto o tamanho do “gigante”. Mas a tietagem não teve idade nem sexo. O compositor de Rebolation recebeu carinho de adultos também. Em retribuição, deixou-se fotografar por um grupo de fãs que teve acesso ao camarim. “Fui coberto de muito carinho, muito respeito. Cheguei ao hotel, lotado de gente me recepcionando. Isso mostra o quanto o trabalho da gente vem crescendo na região, especificamente aqui em Barcarena. Eu fico feliz por isso”, considerou o cantor. Nem é preciso dizer que o show do baiano é extremamente dançante. Léo é dançarino, antes de ser cantor. Disse que ainda não era famoso, quando ia para a frente do espelho ensaiar coreografias com a irmã. “Costumo dizer que, no meu

VAI UMA OSTRA AÍ?

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Anderson Santos Souza é vendedor ambulante no Caripi. Nos finais de semana, ele vai à praia oferecer ostras. Está nessa lida há 16 anos.  “Meu escritório é aqui”, brinca Anderson. Com tanto tempo de trabalho, ele já se tornou conhecido na área, tem clientes fixos e sabe conquistar novos consumidores com simpatia. Pode parecer incrível, mas foi por meio da venda das ostras que o andarilho adquiriu muita coisa na vida, inclusive a casa onde mora com a esposa e filho na área da Vila dos Cabanos. Além de oferecer o alimento na praia, Anderson é chamado para servir em festas e outros eventos sociais. A ostra vendida por ele vem do litoral paraense. Toda sexta-feira, ele vai apanhar o produto com fornecedores na cidade de Curuçá. O transporte até Barcarena é feito de modo adequado para que as ostras cheguem em boas condições à clientela. Anderson diz que o molusco comestível tem qualidade, além do que, como se sabe, é rico em nutrientes. O rapaz da ostra conta sua história com orgulho

HERÓI DOS RIBEIRINHOS

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A história de Marinaldo Souza é feita de lutas e resistências. Quando criança, estudou na escola São Marcos, na Ilha Arapiranga. Como todo aluno ribeirinho da rede pública, enfrentou muitas dificuldades para terminar os estudos iniciais. No entanto, ele superou essa fase e depois foi para cidade continuar a formação.  Foi determinado, deu duro e chegou ao final do ensino médio com vontade de ir além. Ingressou no ensino superior e se formou em pedagogia. Sedento de conhecimento, ainda fez uma especialização em Educação Inclusiva. Tudo aquilo que aprendeu vem sendo compartilhado há 14 anos entre os moradores ribeirinhos de Barcarena. Como professor, já atuou em quatro escolas da ilha Arapiranga, inclusive na São Marcos, onde foi aluno. Atualmente, é professor dedicado ao ensino de crianças e adolescentes na escola da comunidade Jupariquara. Foi nessa unidade de ensino mantida pela prefeitura que ele desenvolveu o projeto “Produção Textual no Gênero Fábula”. Ele quis dar uma soluçã

VEM PRA CUIPE

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Simplifiquei o nome Cuipiranga para ficar mais gostoso de chamar a praia localizada na Ilha Trambioca. A partir de hoje, chamarei apenas Cuipe esse lugar aconchegante de Barcarena. Tenho que voltar lá outras vezes, sem o compromisso do trabalho, para ouvir histórias, conhecer pessoas, tomar alguma bebida e cair na água refrescante. Acho que Cuipe é a minha cara. Nela encontro a tranquilidade que necessito, exceto aos domingos de julho, quando o barulhinho das aparelhagens pode poluir os ouvidos. Parece um lugar de paz. Um ambiente com vários momentos de silêncio, bom para a leitura de um livro, uma pausa para a reflexão, para a escuta da boa música e para curtir a solidão. Cuipe vai ser eleita meu refúgio, meu cantinho, meu ponto de encontro comigo e com quem mais aparecer. Os mais apaixonados pela praia não a trocariam por nada. Imagino até que criariam marcas e produtos para valorizar ainda mais a comunidade como a criação do CFC, o Cuipe Futebol Clube, Carnacuipe, Cuipe Fashion

POR NOSSAS CRIANÇAS

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Proteger a criança e orientar os adolescentes. Esses são deveres de pais ou responsáveis. A sociedade também tem um papel importante na formação e no desenvolvimento de meninos e meninas. Mas esse é um discurso que nem sempre chega à prática. A realidade é outra e, muitas vezes, cruel nas pequenas e grandes cidades. Em Barcarena, município com pouco mais de 120 mil habitantes, a gravidez precoce e a evasão escolar são um dos sinais de que a coisa não anda bem com a garotada. O baixo rendimento escolar e a falta de informação suficiente deixam lacunas difíceis de serem preenchidas; e as consequências negativas disso vão do subemprego à prostituição. No entanto, nem tudo é mazela social. Atualmente, existe um esforço conjunto de melhorar os indicadores, por meio de ações de políticas públicas para promover a vida de nossas crianças e adolescentes.  Diversos setores estão mobilizados para conquistar para o município o Selo Unicef, uma certificação pelo trabalho em favor da causa infan

SANTOS E DEMÔNIOS

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A ilha Arapiranga, em Barcarena, possui uma capela dedicada a Santa Maria. Dentro dela, a imagem da padroeira fica exposta em um oratório, como altar principal do templo. Nas laterais, outros ícones foram colocados e dão o tom místico ao lugar. Nossa Senhora, Mãe do Filho de Deus, parece ser a santa de maior devoção dos católicos que moram na comunidade. Nos altares da esquerda, estão as imagens de Santa Luzia, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Jorge, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Graças e Sagrado Coração de Jesus. À direita, Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora da Assunção, São Benedito, Santo Antônio, São Sebastião e São José. Ao todo, são 13 imagens de santos. Uma capela antiga que resiste ao tempo e alimenta a religiosidade popular dos moradores. Ainda está na lembrança dos mais velhos a construção da igreja feita com os tijolos fabricados na própria ilha. A fábrica de cerâmica já não existe mais. Só a chaminé do forno ficou de pé. Um lugar histórico que mereci

QUEM VAI SAIR?

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O governo do Pará está fazendo um esforço dobrado para atender as famílias pressionadas pelo polo industrial de Barcarena, criado no final dos anos de 1970, onde funcionam as grandes empresas como o Hydro-Alunorte, e que não cessam de reclamar da falta de condições de moradia e de bem-estar. Os moradores das várias comunidades existentes no entorno do polo têm razão de abrir a boca e expor seus problemas. São anos de enfrentamento de questões sociais e ambientais que não chegam a uma solução plausível. A principal queixa das famílias é que as empresas cometem crimes ambientais e não promovem compensações. O prejuízo e as mazelas recaem sobre o município e seus habitantes. O último grave problema envolveu a poderosa Hydro, que vem sendo acusada de contaminação da água dos rios por seus efluentes, os chamados rejeitos da bauxita. A empresa nega, mas é difícil de acreditar na defesa da multinacional.    Enquanto isso, o governo estadual tenta buscar soluções. Esta semana, promoveu m

SALVEM NOSSOS RIOS

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A viagem do porto do Arapari, em Barcarena, até o de Belém, na Cidade Velha, em uma embarcação com capacidade para dezenas de pessoas, dura cerca de 40 minutos, na maior tranquilidade. Para alguns passageiros, esse percurso feito pelas águas é uma rotina diária e demonstra o quanto a população depende do rio para garantir a locomoção. Mas além de navegar pelas águas, nós precisamos dos rios vivos, sadios e limpos para que dele seja tirado o pescado que alimenta tanta gente. Em Barcarena, essa piscosidade vem sendo afetada ao longo dos últimos 30 anos, a partir da operação do polo industrial do município, onde se instalaram indústrias poluidoras, e pela falta da educação das pessoas. Mesmo com todas as iniciativas para conscientizar a população sobre preservação e zelo, nossos rios continuamente são alvo do arremesso de objetos que deveriam parar na lixeira, mas acabam sendo submersos nas águas que banham as ilhas de Belém e Barcarena, nas travessias entre os dois municípios. O

IGREJA ABALADA

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No dia da festa de Corpus Christi, uma notícia triste para Barcarena. A histórica paróquia matriz, que já está fechada há mais de um mês, corre risco de desabamento. A informação foi confirmada durante uma entrevista coletiva promovida pela Pastoral da Comunicação. O motivo, segundo o engenheiro Fábio Oliveira que divulgou um laudo técnico, é que o edifício construído nos anos de 1960 foi feito todo de alvenaria, mas não possui concreto armado. O problema agora é visível do chão ao teto: desnivelamentos nos pisos, rachaduras e infiltrações. A igreja dedicada a Nossa Senhora de Nazaré foi obra dos padres Xaverianos, missionários que dirigiram a paróquia até os anos de 1990. Os religiosos tiveram boa vontade, mas não teriam se preocupado com a natureza da edificação, sem macroestrutura em concreto armado, aço ou madeira. Esses elementos suportariam pesos ou outros tipos de abalo. Hoje eles fazem falta. E para recuperar a obra, segundo o engenheiro, seria mais difícil, complicado e

LIVRES DO TRAMBOLHO

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Quem passa pela PA-151, quase na entrada de Barcarena, já percebe que a estrutura de alumínio erguida no passado para ser o portal da cidade foi retirada. Ainda bem. Além de ameaçar desabar, a obra inacabada era esquisita, tosca e deixava má impressão nos visitantes. No entanto, a base continua lá. O que seria a guarita, agora mais parece um local mal-assombrado ou esconderijo para gente suspeita. Olhar para as ruínas daquilo que nunca foi nada causa uma sensação de abandono de um bem público que ficou esquecido no tempo. O pior é que a obra do ‘portal’ teve custo. Um dinheiro público jogado fora ou algo mais escandaloso do que isso. Hoje quando se fala que a gestão pública tem de ser planejada para gastar, olhar o passado significa dizer que os responsáveis pelo trambolho da PA foram, no mínimo, irresponsáveis. Barcarena deve ficar livre de obras públicas inacabadas e usar as verbas com maior eficiência. Alguns passos já foram dados nesse sentindo e existe um propósito de seguir

O FURO DO NAZÁRIO

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Entre Barcarena e Belém existe um atalho muito conhecido na região, o furo do Nazário, na Ilha das Onças. Esse caminho das águas registra diariamente o vai e vem de pequenas embarcações, principalmente de canoas a remo ou motorizadas (rabetas), pertencentes aos moradores das comunidades que formam a ilha. Os ribeirinhos do Nazário são dóceis e sabem ser altivos também. Cinco anos atrás, quando o trânsito intenso de grandes embarcações começou a alterar as margens do rio, um grupo de moradores foi à Capitania dos Portos reclamar da situação e o furo foi fechado para barcos ou lanchas de grande porte. Hoje somente os barcos pequenos navegam pela área. Quando alguma embarcação maior tenta cruzar o caminho é criticada pelos moradores. O furo das Onças é povoado de ribeirinhos vivendo entre a grande metrópole e a pequena Barcarena, mas quem mora na boca do Nazário está mais perto da capital. Da boca do furo, avista-se Belém e seus arranha-céus. Um contraste entre o urbano e o ribeirin

EXIBIÇÃO ARRISCADA

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Toda vez que vejo a cena, dá um frio na espinha. O pior é que virou comum ver crianças sendo transportadas em motocicletas sem a menor segurança pelas ruas de cidades como Barcarena. Em geral, os pequenos são levados em cima do tanque, entre o guidom e o motociclista. Quando são duas crianças, uma delas fica no assento da garupa, atrás do condutor, enquanto a outra vai na frente. É raro ver o acessório de segurança nos ocupantes. Mas, às vezes, incrivelmente, vemos o motociclista com capacete e os demais passageiros sem. Salve-se quem puder! Esse é um tipo arriscado de condução porque o corpo sobre a moto está muito exposto, e qualquer vacilo pode resultar em queda ou coisa pior. A moto foi feita para levar uma ou, no máximo, duas pessoas. Estas deveriam seguir pelas ruas totalmente protegidas.    Mas, não. Dia após dia, as exibições arriscadas são cada vez mais frequentes. Ficou banalizado andar desprotegido. Fizeram vista grossa para um problema grave. Quem se importa com o bem

A FUÇA DO MP

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A audiência pública que discutiu hoje a pretensa instalação de uma usina termoelétrica em Barcarena revelou o lado, digamos, mais aguerrido do Ministério Público do Estado. Depois da apresentação das muitas promessas do empreendimento, foi dada a palavra aos técnicos da promotoria. Para dizer que o projeto da UTE, previsto para ser instalado em um terreno da CDP, vai causar impacto no entorno de Vila do Conde e Itupanema, a pesquisadora-técnica contratada para falar em nome do MP começou informando que a conta de energia elétrica da casa dela, em Belém, teve um grande aumento nos últimos tempos (um pouco fora de contexto). Em seguida, veio a frase chamativa: somos caçadores de impactos, disse a pesquisadora. No caso, impactos ambientais. E o alvo foi o projeto da Celba (Centrais Elétricas de Barcarena) que vai operar a UTE. O empreendimento tenta junto ao estado as licenças necessárias para iniciar o processo de criação na cidade, mas já se viu que não será fácil. Para o MP, o Es

IGREJA PEDE AJUDA

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A paróquia de Barcarena precisa de 80 mil reais para mudar o sistema elétrico do prédio e evitar sobrecargas de energia como a que aconteceu na missa noturna do último domingo (22). A cerimônia não chegou a ser interrompida, mas prosseguiu sem luz, só o altar ficou iluminado. O som dos microfones também foi parcialmente prejudicado. No final da celebração, ainda no escuro, o pároco explicou o problema. Padre Márcio Baia disse que a quantidade de equipamentos na igreja, como as centrais de ar, sobrecarregou a rede elétrica que precisa ser reformada. Por isso, a partir dessa semana, os atos litúrgicos serão celebrados, por tempo indeterminado, no salão paroquial, que fica ao lado da Matriz. Metade da despesa com a obra (ou seja, 40 mil reais) terá de ser paga no início do serviço aos profissionais responsáveis; a outra metade, quando o trabalho for concluído. O orçamento inclui o pagamento de materiais que serão usados na nova instalação elétrica, construção de subestação, mão de obr

LÚCIA ESTÁ NO CÉU

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Pessoas do bem deveriam ter vida longa. A morte para elas deveria ser uma realidade distante. A permanência dos bons por mais tempo nesse mundo caótico seria a garantia de uma convivência mais harmônica. Morrer, para os de coração grande, não assustaria. Mas, infelizmente, a vida é curta para todos. E quando alguém do bem vai embora, o mundo fica um pouco mais triste. Dona Lúcia era do bem. Quantos exemplos ela deixou para seus filhos, netos e amigos. Todos a admiravam por sua generosidade. Uma mulher que sabia acolher, inclusive os forasteiros, recebia com simpatia e atenção. Tia Lúcia, como era conhecida e chamada pelos mais próximos, tinha uma aura encantadora, que inspirava afeto, amor e paz. Era alguém que valia a pena ter por perto. Lúcia Ogawa foi uma mulher forte. Deu conta de muita coisa na vida dentro da família e na comunidade de Barcarena. Foi a maior apoiadora e incentivadora dos projetos dos filhos, depois que ficou viúva. Discretamente, participou de iniciativas soci

A HYDRO REAGE

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A norueguesa Hydro anunciou nesta segunda-feira (9), por meio de seu site na internet, que "estudos confirmam que não existe indicação de contaminação proveniente da Alunorte após chuvas" registradas em 17 de fevereiro no município de Barcarena. O resultado da investigação encomendada pela empresa à consultoria ambiental  SGW Services vai de encontro ao laudo do instituto Evandro Chagas que atestou contaminação. A Hydro também anunciou hoje uma série de medidas sociais para os moradores de comunidades do entorno da empresa em Barcarena que reclamaram da contaminação existente na área. "Para dar apoio à mudança social em Barcarena, a Alunorte vai investir cerca de R$ 100 milhões (NOK 250 milhões) em ações sociais nas comunidades por meio da Iniciativa Barcarena Sustentável", que será financiada pela Alunorte. "A Iniciativa vai proporcionar capacitação, estabelecer uma plataforma pública para acompanhamento e avaliação de dados, desenvolver projetos sociais e

SOJA, SOLO E SEXO

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O trevo da Alça Viária, na comunidade Castanhalzinho, em Barcarena, virou parada obrigatória de carreteiros que descarregam grãos nos portos do município. A safra da soja faz aumentar o fluxo de veículos nessa época do ano e, diariamente, o estacionamento do posto de combustível localizado no trevo fica sempre lotado de carretas. Os motoristas chegam a esperar até 24 horas a autorização para o descarregamento. Enquanto isso, a vida acontece ali entre o posto de combustível e um restaurante que oferece descanso e banho para os frequentadores. Cada carreteiro que chega, nesta safra, é responsável pelo transporte de pelo menos 50 toneladas de soja ou mais. O produto vem das fazendas do Centro-Oeste. Nas conversas com os trabalhadores é possível perceber a dificuldade enfrentada nas rodovias e os desafios da profissão. Ao entrar no Pará, segundo o relato de alguns, a probabilidade de se pagar propina a policiais do estado é grande, as estradas não são seguras e muitas precisam de manut

AUDIÊNCIA DE CONFLITOS

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Atentos ao movimento na Vila dos Cabanos, vendedores ambulantes cercaram a entrada da igreja para oferecer lanches e ganhar um dinheirinho extra. Aos poucos, os participantes da audiência pública sobre o caso Hydro foram chegando. A imprensa também não faltou nem os políticos e suas bandeiras. O espaço era apenas para mil pessoas e ficou lotado. Policiais militares se posicionaram por perto, e uma equipe de segurança particular estava de prontidão para acalmar os ânimos, caso houvesse necessidade. Com a palavra, o Ministério Público. O promotor em destaque fez uma prestação de contas do trabalho realizado desde que a empresa norueguesa foi denunciada por crime ambiental. Depois dos promotores foi a vez de ouvir os representantes das comunidades e seus interesses. A plateia ficou dividida entre os que atacaram e os que defenderam a Hydro. As manifestações também foram expressas por meio de faixas e cartazes: “Hydro assume vazamento. E agora?” “Se ajuste, Hydro, pare de cometer crime

BOLO PRA QUEM?

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2012 foi o ano em que pedi demissão de dois empregos em Belém, arrumei a bagagem e vim passar uma temporada de três meses em Barcarena, cidade da região metropolitana. Não conhecia nada nem ninguém. Tudo foi novidade, exceto a praia do Caripi onde já tinha estado cerca de 15 anos antes. Com o passar dos dias, fui conhecendo as pessoas e me entrosando por aqui.  Durante o primeiro período no município, recebi a ligação de um certo Carlos Baía. "Renunciei a minha chapa", informou ele. O vice da candidata do PT tinha abandonado o barco, enfraquecendo ainda mais a petista que não tinha chance de vitória. Esse foi o primeiro contato com Baía, que (depois soube) era repórter e apresentador de rádio, com boa experiência no ramo. "Obrigado por informar", disse a ele. Terminado o processo eleitoral, fui convidado a trabalhar em Barcarena e acabei integrando o grupo de comunicação do qual Baía faz parte hoje. Lá se vão mais de cinco anos de trabalho e convivência com ele

ILUSÃO DE ÓPTICA

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Acordei na madrugada de domingo com um incômodo barulho na vila de casas onde moro em Barcarena. O relógio marcava 3h30. O som de destelhamento vinha dos fundos do conjunto de imóveis. Fiquei paralisado e imaginando pessoas abrindo um buraco na cobertura para invadir e roubar a casa vizinha. A próxima poderia ser a minha. Quanto mais imaginava coisas, mais aflito ficava. Pensei em chamar a polícia, mas não tinha certeza de que havia bandidos no telhado. O barulho não cessava. Estava vendo a hora alguém, mais corajoso que eu, acordar e dar o alarde com o grito de "pega ladrão". Que nada, ninguém acordava. Na minha cabeça, estavam fazendo a 'mudança' na casa de trás e eu, o único acordado, impotente, sem poder fazer nada. Até que criei coragem e levantei para ver o que estava acontecendo. Liguei a lanterna do celular e fui à área de serviço da casa. Joguei luz para refletir na parede de um outro imóvel vizinho ao nosso, na tentativa de assustar os suspeitos e, para

GAROTO DE PROGRAMA

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João é o nome fictício do cidadão de Barcarena que me mandou mensagem pelo whatssap, com um pedido inusitado. Queria orientação sobre prostituição masculina (como se eu tivesse alguma experiência no assunto). Faz tempo que ele está desempregado e não consegue trabalho no município. João – Tá onde? Eu – Barcarena. João – Vou virar garoto de programa. Como faço? Eu – KKK sério? João – É sério, sim. Quero ganhar dinheiro, tô precisando. Tu conheces mulheres que queiram pagar? Coroas? Eu – Já tens experiência na área ou vai ser a primeira vez? João – Vai ser a primeira vez. Como faço? Eu – Não sei o caminho a seguir nesse campo. Mas penso que o primeiro passo é conversar com quem já atua nisso. João – Pois é, não conheço ninguém. Eu – Esse é um trabalho que pode te trazer muitas frustrações. João – Como? Eu – Talvez não ganhes o dinheiro que precisas nem terás segurança nas relações. João – Hum... Eu – Tem mesmo que fazer isso? João – Tô precisando de dinheir

VISITA IMPACTANTE

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Que tal conhecer a comunidade Bom Futuro, em Barcarena? É um lugar escondido da paisagem urbana, embora esteja tão perto da Vila dos Cabanos, que nos anos de 1980 foi construída para atender os funcionários do projeto Albras/Alunorte. A Vila era como se fosse um grande condomínio fechado de casas, onde os moradores tinham boa infraestrutura. Já a comunidade Bom Futuro ficou espremida entre a Vila dos Cabanos e os depósitos de resíduos sólidos da Alunorte, hoje Hydro. Ficou perto das bacias de rejeitos e longe do progresso divulgado pelos empreendedores que trouxeram as indústrias para Barcarena. Ficou perto de uma área de risco e longe da segurança e do bem-estar a que todos temos direito. Morar na Bom Futuro é ter um presente nada bom. O vazamento da Hydro na comunidade deixou os moradores angustiados, como a dona Maria Cardoso que tem uma casa a poucos metros da montanha de rejeitos. Nesses dias, a imprensa deu voz a ela, mostrou seus problemas e aflições diante da possibilidade

DESTA VEZ, SEM a-ha

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Alvo de críticas após denúncia de crime ambiental em Barcarena, a Hydro Alunorte tem tomado medidas para diminuir os impactos negativos contra a empresa, já que a notícia da contaminação atestada pelo Instituto Evandro Chagas no entorno das bacias ganhou grande repercussão. O próprio presidente da Hydro veio ver de perto o que ele chamou de “situação desafiadora”. Svein Richard Brandtzaeg foi à comunidade Bom Futuro, a mais próxima da área dos depósitos de resíduos, conversou com moradores e procurou saber das pessoas onde foi que a Hydro falhou. Foi um gesto de preocupação em todos os sentidos. A orientação da empresa agora é redobrar o cuidado com a saúde das pessoas e com o meio ambiente. Mudanças internas na refinaria foram anunciadas pelo CEO, que pôs os pés no chão e na realidade das famílias atingidas pela poluição dos rios. A presença do dirigente máximo da Hydro na comunidade de Barcarena foi uma forma de melhorar a imagem da empresa perante a opinião pública. Tomara que

HYDRO E OS BARCARENENSES

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Estudos sobre o desenvolvimento da Amazônia mostram que a instalação do projeto Albras/Alunorte foi uma imposição do governo brasileiro em Barcarena no final dos anos de 1970. Uma imposição agressiva, do tipo ‘vai ser assim e pronto’. Bem arrogante. Em pleno regime militar, as empresas chegaram sem perguntar o que o município achava do empreendimento e como poderia ser parceiro. Aliás, os empreendedores da época consideraram que havia uma incapacidade administrativa na cidade para envolvê-la no processo. Foi uma transformação impactante na vida social e econômica dos barcarenenses. Quem morava em Ponta Grossa, Cabeceira Grande e outras comunidades de Vila do Conde teve que se retirar de suas terras para dar lugar ao projeto. Houve conflitos e resistências, mas as famílias tiveram de sair da área. Muitas reclamaram da indenização que receberam. O tempo passou, a Alunorte foi comprada pela norueguesa Hydro, no entanto, os conflitos e as resistências continuam, e agora mais do que nunca

TRÊS HORAS DE FUMO

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Pela quinta vez no bar do Ramon para assistir ao Jornal Nacional, ouvir rock, comer farofa de ovo e, inevitavelmente, tomar uns copos de cerveja. Foi uma daquelas noites sem planejamento, para deixar ver o que aconteceria. No balcão, um simpático casal relatava casos do cotidiano. Ele discreto, ela mais comunicativa. Ele observador, ela cheia de experiências para compartilhar. E como falou bem a moça. Contou sobre sua militância em defesa do direito de trabalhadores, suas atividades como servidora pública e sobre as conquistas e derrotas na política. Ele, sempre reservado, concordava com a parceira, ria de vez em quando das histórias vividas pela dupla, e a moça haja a relatar os fatos com lucidez e entusiasmo, quase sem parar. As pausas só eram feitas para ir ao banheiro. Um assunto emendava no outro: política, meio ambiente, gestão e gestores, etc. Até vida pessoal entrou na conversa. O papo se prolongou e foi tão interessante que fui capaz de resistir a três horas de fumaça na

"NAZA VITTAR" FOI À PRAIA

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Voltamos à Ilha Trambioca, desta vez para um almoço na Praia do Guajarino. O passeio não incluiu banho porque a maré deu baixa e o dia escolhido estava fechado e com chuva. Mas a turma de "aventureiros", incluindo uma certa 'Naza Me Solta', não quis saber do clima, queria mesmo era sair pra comer e beber. Naza Me Solta foi a mais empolgada do grupo. Deu um susto na turma logo na chegada à casa de veraneio. Desavisada, a baixinha levou um tombo ao se apressar em descer uma escada de madeira que estava interditada nos fundos da residência. Para evitar o alarde e manter a elegância do grupo, alguém pediu "calma" duas vezes. Passado o susto, eis que chegou a hora do esperado almoço. Os anfitriões, Batista e Marina, ofereceram camarão, caranguejo, porco, feijão com bastante charque (adoro charque no feijão) e guisado de carne (meu prato preferido). Não teve como não comer em estado de contemplação. Não teve como não pedir bis. Os tagarelas se calaram um pou

ESPECIAL MESTRE VIEIRA

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Uma equipe da TV Liberal esteve em Barcarena, nesta manhã, gravando para o programa É do Pará. Vai ser um especial sobre a vida e a obra do querido Mestre Vieira, que nos deixou no último dia 2 de fevereiro. Será mais uma justa homenagem ao Rei da Guitarrada paraense. Vieira merece. A praça da Matriz foi um dos pontos de gravação. A produção do programa reuniu os filhos de Vieira para falarem sobre o pai e os seus ensinamentos. Músicos da capital também foram incluídos nas entrevistas. Cada um vai dizer o que representaram o trabalho e o jeito de ser do grande barcarenense. O É do Pará vai mostrar a riqueza artística deixada pelo inventor da guitarrada, tendo como pano de fundo a cidade onde ele nasceu, viveu e morreu. Barcarena, que tanto foi bem falada e divulgada por Vieira, será destaque positivo numa semana em que apareceu na mídia de forma negativa, por causa de um suposto acidente ambiental. O trabalho de televisão é feito coletivamente e o sucesso de uma produção depende

O MEDO DA LAMA

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Embora a Hydro negue, o vazamento de rejeitos da bauxita é algo iminente na cabeça de quem vive perto das bacias da empresa. Chega a ser assustador pensar que o rompimento de alguma delas possa acontecer e causar uma tragédia sem precedentes na história de Barcarena. Como os depósitos estão cheios da ‘lama vermelha’, a sensação que dá é de que a qualquer momento uma bacia vai transbordar e causar uma enxurrada, que levará destruição a tudo o que encontrar pela frente. Que isso nunca aconteça no município, mas é bom ficar sempre alerta. Neste final de semana, imagens divulgadas pelas rendes sociais e pela imprensa causaram preocupação e mobilizaram as autoridades do município e do estado. Não se sabe precisamente se houve vazamento de rejeitos contendo metais pesados.  Só a perícia vai dizer. Enquanto isso, vamos dar um desconto ao noticiário que faz alarde e se precipita na divulgação de fatos que necessitam de comprovação. O perigo existe. A situação das comunidades que estão no

SÁBADO CHUVOSO

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A chuva que banhou Barcarena hoje foi a mais típica do inverno amazônico, com grande volume de água e longa duração. Choveu desde a noite anterior, entrou pela madrugada, varou o dia e emendou pela tarde, já mais fraquinha. Foi justamente no sábado de programação em praça pública. A população foi convidada para uma ação de cidadania que ofereceria variados serviços como emissão de documentos até cuidados estéticos. Pois às 8h, debaixo de forte chuva lá estava uma multidão de gente a espera de atendimento. Surpreendente a frequência e o ânimo das pessoas. Filas intermináveis se formaram na praça e também no salão da igreja Matriz, que abrigou o serviço de emissão de RG e CTPS. Não deu pra quem quis. As 500 fichas para a carteira de identidade foram logo distribuídas. Teve gente que madrugou na fila pra não correr o risco de voltar pra casa sem o RG. A praça esquentou com tantos cidadãos interessados nos benefícios. A fila para o embelezamento, por exemplo, foi outra gigante. Enqua

OS ESTRAGA-PRAZERES

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A programação de Carnaval da prefeitura de Barcarena foi considerada um sucesso. O comando da Polícia Militar informou que não houve registro de ocorrências graves, exceto alguns tumultos controlados rapidamente. Um deles ocorreu em Barcarena-Sede na Terça-feira Gorda. Era por volta da meia-noite quando um grupo de jovens, agitados pelo excesso de bebida alcóolica, começou uma briga generalizada. A desordem foi controlada; e os alterados, dispersos. Não é de se estranhar o fato de haver brigas em eventos envolvendo as aparelhagens. Esses equipamentos de som atraem um público cativo que adora a música regional como o tecnobrega e suas variações. Mas muita gente se infiltra nas festas para incitar e promover brigas, além de oferecer e vender drogas ilícitas. São os chamados “malacos”, prontos para o crime. Eles são os estraga-prazeres de qualquer diversão e podem causas graves prejuízos para quem não tem nada a ver com seus comportamentos e práticas agressivas. Felizmente, os “mala

ARRASTÃO NO CONDE

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Renato Ogawa e seu Arrastão dos Amigos animaram a terça-feira de Carnaval em Vila do Conde. A comunidade já esperava a "Bateria Show". E quando os ritmistas chegaram, a alegria tomou conta da orla e fez da noite uma das mais alegres dessa folia de 2018. Blocos locais se juntaram com o Arrastão e a animação ficou ainda maior. A sequência de músicas contagiou o público e colocou todo mundo pra dançar. O desfile do Arrastão dos Amigos terminou na principal praça do bairro. "Vila do Conde merece", disse um folião entusiasmado com a apresentação. A boa participação do bloco na Vila foi unanimidade. Para quem desconhecia a agremiação nascida em Barcarena-Sede a partir da reunião de um grupo de amigos, o Arrastão dos Amigos surpreendeu e sua apresentação acabou muito cedo, ficando com o gosto de quero mais. "Foi show de bola", declarou outro folião depois da apresentação do Bloco dos Amigos. As manifestações sobre a presença do Bloco na Vila do Conde foram es

RESPEITO NA AVENIDA

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Barcarena viu o Bica Grande desfilar pela 21ª vez nesta segunda-feira de Carnaval. O maior bloco de rua do município arrastou uma multidão. Os que se vestiram com fantasias foram atrações à parte. Os foliões exibiram humor, irreverência e criatividade na avenida. Entre os milhares de brincantes, havia uma turma que vestiu a camisa do respeito. Foram os servidores e amigos da Secretaria de Assistência Social de Barcarena, que apresentaram mensagens contra o assédio e qualquer outro tipo de violação de direitos. A iniciativa da Secretaria de Assistência Social da prefeitura de Barcarena repercutiu na avenida. Até a TV Liberal, que veio de Belém cobrir o Bica, deu o tom na reportagem que produziu. O repórter Carlos Brito ouviu mulheres que pudessem alertar sobre o assunto. Nunca é demais lembrar que a gente pode se divertir de todas as maneiras sem prejudicar o outro, com respeito e responsabilidade. Valeu a ação da prefeitura! Valeu também o trabalho dos meninos e meninas do Cr

TRABALHO E DIVERSÃO

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Quem consegue resistir ao Carnaval? É difícil ficar de fora de um festejo tão animado. A folia nos envolve de alegria, liberdade, descontração e encontros inusitados. Por isso é tão interessante colocar a fantasia e se lançar na avenida. Há quem prefira os retiros, mas é melhor falar sobre eles na Semana Santa. Vou passar o Carnaval em Barcarena, aliando trabalho e diversão. Minha escala prevê a cobertura do bloco de rua Bica Grande, o maior da cidade. Já disse vou fazer uma reportagem-participante, ou seja, escrever um texto a partir do que vivi entre os milhares de foliões que acompanharam a agremiação. Vamos ver o resultado. Além do Bica, vale a pena dar uma espiada nos outros blocos que animam o município nessa época como o Bloco dos Amigos, o Rola Cansada, o Faísca no Rabo e o que for mais interessante. Meu lado observador deve estar aguçado até a quarta-feira de Cinzas. Atento a toda fala engraçada também. A turma do trabalho sentiu primeiro que eu como o carnaval de Barcar

DESENVOLVIMENTO PARA QUEM?

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Desde o final dos anos de 1970, Barcarena vem sendo pressionada pelo “progresso”. Os grandes empreendimentos chegaram com o discurso do desenvolvimento e provocaram profundas mudanças na realidade social. O inchaço urbano foi uma das consequências negativas. A cidade teve um crescimento desordenado. A Vila dos Cabanos (construída nos anos de 1980 para os funcionários do projeto Albras/Alunorte) hoje está cercada de ocupações que viraram bairros e que necessitam de melhor infraestrutura para garantir qualidade de vida aos moradores. Em quase quatro décadas, o número de habitantes saltou de 20 mil para mais de 120 mil pessoas, conforme dados do IBGE. A maioria mudou para Barcarena em busca de emprego, mas as vagas são limitadas e o desemprego é uma dura realidade enfrentada por milhares de pais de família. Sem trabalho para todos, sem moradia digna e sem infraestrutura suficiente, o meio ambiente urbano ficou vulnerável a todo tipo de agressão e, por extensão, acarretou prejuízos a

O TALENTOSO FABRÍCIO

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Hoje o Fabrício faz aniversário. Um colega de trabalho caprichoso. É o webdesign mais conhecido de Barcarena. Muito requisitado. Trabalha até em casa fora do horário de expediente. O resultado de sua arte é sempre seguido de comentários positivos e elogiosos. Tem sua marca registrada na produção porque é bem criterioso. Um profissional competente. Eu o conheci em julho de 2012 durante a campanha política que, três meses mais tarde, elegeria o prefeito de Barcarena. No escritório do chefe, de vez em quando, o nome do Fabrício saia da boca de um e de outro. "Fabrício pra cá, Fabrício pra lá" e nada de o Fabrício aparecer. Imaginei que o Fabrício fosse um boçal, metido a besta, que chega pra dizer que faz e acontece. Até que numa manhã ele apareceu. Pensei que fosse parente sanguíneo do chefe porque me pareceu oriental. Que nada. Filho nato de Barcarena, tomador de açaí, comedor de peixe com farinha e apreciador de cerveja. Tem paixão pelo Paysandu e pela Trambioca, o refúgi