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Mostrando postagens de junho, 2018

SANTOS E DEMÔNIOS

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A ilha Arapiranga, em Barcarena, possui uma capela dedicada a Santa Maria. Dentro dela, a imagem da padroeira fica exposta em um oratório, como altar principal do templo. Nas laterais, outros ícones foram colocados e dão o tom místico ao lugar. Nossa Senhora, Mãe do Filho de Deus, parece ser a santa de maior devoção dos católicos que moram na comunidade. Nos altares da esquerda, estão as imagens de Santa Luzia, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Jorge, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Graças e Sagrado Coração de Jesus. À direita, Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora da Assunção, São Benedito, Santo Antônio, São Sebastião e São José. Ao todo, são 13 imagens de santos. Uma capela antiga que resiste ao tempo e alimenta a religiosidade popular dos moradores. Ainda está na lembrança dos mais velhos a construção da igreja feita com os tijolos fabricados na própria ilha. A fábrica de cerâmica já não existe mais. Só a chaminé do forno ficou de pé. Um lugar histórico que mereci

QUEM VAI SAIR?

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O governo do Pará está fazendo um esforço dobrado para atender as famílias pressionadas pelo polo industrial de Barcarena, criado no final dos anos de 1970, onde funcionam as grandes empresas como o Hydro-Alunorte, e que não cessam de reclamar da falta de condições de moradia e de bem-estar. Os moradores das várias comunidades existentes no entorno do polo têm razão de abrir a boca e expor seus problemas. São anos de enfrentamento de questões sociais e ambientais que não chegam a uma solução plausível. A principal queixa das famílias é que as empresas cometem crimes ambientais e não promovem compensações. O prejuízo e as mazelas recaem sobre o município e seus habitantes. O último grave problema envolveu a poderosa Hydro, que vem sendo acusada de contaminação da água dos rios por seus efluentes, os chamados rejeitos da bauxita. A empresa nega, mas é difícil de acreditar na defesa da multinacional.    Enquanto isso, o governo estadual tenta buscar soluções. Esta semana, promoveu m

SALVEM NOSSOS RIOS

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A viagem do porto do Arapari, em Barcarena, até o de Belém, na Cidade Velha, em uma embarcação com capacidade para dezenas de pessoas, dura cerca de 40 minutos, na maior tranquilidade. Para alguns passageiros, esse percurso feito pelas águas é uma rotina diária e demonstra o quanto a população depende do rio para garantir a locomoção. Mas além de navegar pelas águas, nós precisamos dos rios vivos, sadios e limpos para que dele seja tirado o pescado que alimenta tanta gente. Em Barcarena, essa piscosidade vem sendo afetada ao longo dos últimos 30 anos, a partir da operação do polo industrial do município, onde se instalaram indústrias poluidoras, e pela falta da educação das pessoas. Mesmo com todas as iniciativas para conscientizar a população sobre preservação e zelo, nossos rios continuamente são alvo do arremesso de objetos que deveriam parar na lixeira, mas acabam sendo submersos nas águas que banham as ilhas de Belém e Barcarena, nas travessias entre os dois municípios. O