ELE DIZ QUE É “PAU”

Pau é uma gíria na boca de Cabo Joca, um senhor de 60 anos que trabalha como sapateiro na orla de Barcarena. Em cada frase, ele mete o ‘pau’ no meio, como se fosse vírgula. Mas a expressão tem conotação positiva na maioria das vezes.

Por exemplo, quando diz que uma mulher é pau, está elogiando. Aliás, ele conta que sempre ficou com mulher-pau. E o que seria uma mulher-pau? Na opinião de Cabo Joca, é aquela capaz de topar tudo, que não tem frescura.

E o homem-pau? Esse é torcedor do clube do Remo como ele, trabalhador, pau pra toda obra, conquistador de mulheres, aquele que sabe lidar com as adversidades da vida, corajoso, que topa tudo e não tem frescura também. 

Certa vez, uma ‘transa pau’ quase custou a vida dele e da parceira. O casal foi trocar prazer na beira de um barranco e, por pouco, os dois não despencaram do local. Joca diz que até hoje não dispensa aventuras perigosas, mesmo já sendo um sexagenário... pau, claro.   

As histórias do sapateiro são hilariantes. Escutar os casos vividos por ele ao longo da vida rende muitas gargalhadas. Alguns são impublicáveis; outros proibidos para menores de 21 anos. Felizmente, eu pude ouvir e me divertir com a jovialidade de Cabo Joca.


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