TRÊS HORAS DE FUMO

Pela quinta vez no bar do Ramon para assistir ao Jornal Nacional, ouvir rock, comer farofa de ovo e, inevitavelmente, tomar uns copos de cerveja. Foi uma daquelas noites sem planejamento, para deixar ver o que aconteceria. No balcão, um simpático casal relatava casos do cotidiano.

Ele discreto, ela mais comunicativa. Ele observador, ela cheia de experiências para compartilhar. E como falou bem a moça. Contou sobre sua militância em defesa do direito de trabalhadores, suas atividades como servidora pública e sobre as conquistas e derrotas na política.

Ele, sempre reservado, concordava com a parceira, ria de vez em quando das histórias vividas pela dupla, e a moça haja a relatar os fatos com lucidez e entusiasmo, quase sem parar. As pausas só eram feitas para ir ao banheiro. Um assunto emendava no outro: política, meio ambiente, gestão e gestores, etc.

Até vida pessoal entrou na conversa. O papo se prolongou e foi tão interessante que fui capaz de resistir a três horas de fumaça na cara, já que o casal tragava um cigarro atrás do outro. Tentei me esquivar do fumacê para evitar os males da nicotina, só que não deu. Excepcionalmente, fui um fumante passivo, mas um ouvinte ativo.


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